Quando criança eu não entendia por que alguns adultos
odiavam fazer aniversário, quando, pra mim, era a melhor data do ano. A partir
de certo momento a matemática da idade muda e vão surgindo mais subtrações do
que adições. Os anos vão passando, a idade aumenta e as festas e os presentes diminuem. Você já não conta mais um ano de vida,
mas um a menos. Exatamente hoje, com 29 primaveras, tudo passa a fazer
sentido.
Você sabe que tá ficando velha quando encontra mais
remédios dentro da bolsa do que chicletes. Passa a encontrar os conhecidos mais
na emergência do plano de saúde do que nos chopinhos. Algumas horas a mais no
sofá já são suficientes pra lembrar que você tem uma coluna lombar. Exagerar na cerveja já não é tão superável
como antigamente. Não que eu seja exagerada, quem tem 30 anos sabe bem do que
estou falando.
Mas os anos não me trouxeram apenas o envelhecimento
físico. Também estou sendo contemplada com a maturidade. Com o tempo você
começa a perceber o que realmente importa. A cada dia que passa eu acredito
mais na lei da compensação. O que você faz aqui, volta na mesma proporção pra
você. Hoje, amanhã ou daqui a 50 anos.
Aprendi que o importante mesmo é fazer o bem, que o resto
vem. Não importa a crença, não importa a quem, o que importa é tentar ser uma
pessoa melhor a cada dia. Já dizia Chorão: “Viver pra ser melhor também é um
jeito de levar a vida.” E hoje é um dia mais que especial pra mim, não porque é
meu aniversário. Minha vida é cheia de coincidências e uma das mais importantes
é que tive a honra de nascer no mesmo dia da minha mãe. Hoje ela completa 61
anos e sou muito grata a Deus, por permitir que eu fizesse parte da vida dela.
Hoje jazem meus 28 anos, mas habemus bolo! \o/
To velha,
to entrevada, mas to feliz!
E que venha a idade do sucesso!